Deuses Celtas e Heranças

Diz-se que algo selvagem se esconde no coração de toda alma, num lugar que o faz se emocionar ao som dos pássaros na noite, com o vento sussurrando entre os pinheiros, ou com o inesperado vermelho no visgo que cresce numa árvore. É este lugar que os deuses celtas habitam. Eles surgiram do riacho e do córrego, seu poder tomando forma através da força do carvalho, da beleza das florestas e do pântano vasto. Quando a floresta ousou nomear a primeira face esculpida no tronco de uma árvore ou as vozes murmurantes de um córrego, os deuses forçaram a si mesmos a existir.

Abaixo segue uma lista dos principais deuses celtas que serão mencionados neste RPG. Alguns deles pertencem aos Tuatha Dé, a tribo dos deuses e filhos da grande mãe Dana. Outros pertencem a culturas mais espaçadas nas terras da Gália. Cada deus terá uma herança divina, que você pode escolher para que a sua personagem possua, fornecendo um poder único. Não é possível ter mais de uma herança ou trocá-la.

Abnoba: deusa das florestas e dos rios.
É a senhora das florestas densas e dos rios imponentes, guardiã de toda a vida em seu território.

Ankou: deus da morte.
Ele é o presságio da morte que busca as almas daqueles que desencarnaram. É descrito como uma figura alta e de longos cabelos prateados, uma sombra a espreita.

Belenus: deus do fogo e do calor.
Conhecido como “O Brilhante”, ele é aquele que traz a esperança do amanhecer. É a ele quem os celtas louvam na primavera em busca do calor do verão.

Dagda: deus guardião do lar, do tempo e do cultivo.
O “deus bom” é o “grande pai” e guardião da tribo. Seu poder se estende a todos os cantos. Seu caldeirão pode alimentar a todos os homens e curar todos os males.

Dian Cecht: deus da cura e medicina.
É o senhor da cura da tribo de Dana, conhecido por ter curado a mão de Nuada e ser pai de vários outros deuses menores. Também é visto como o deus da inveja por ter matado seu filho Miach, mais talentoso na medicina.

Epona: deusa dos cavalos e da terra.
A senhora de todos os cavalos representa a resistência da terra, bem como seu poder e fertilidade.

Goibhniu: deus dos artesões.
É o senhor do ferro e arquiteto das grandes construções. Detentor da fórmula da bebida que torna quem a toma invulnerável.

Lugh: deus das artes, comércio e viagens.
Ele é conhecido como o deus das muitas artes, sendo um guerreiro, poeta, construtor, aventureiro e campeão dos deuses. Possui a lança que nunca falha e o elmo que o torna invisível.

Manannan: deus dos mares e das águas.
Ele é o senhor dos mares, protetor dos navegantes e guia para aqueles que morrem nas águas. A sua armadura é impenetrável, sua espada invencível e sua carruagem de ondas e espuma esplêndida.

Morrigan: deusas da batalha e da soberania.
Representada pelas três irmãs Nemhain, Macha e Balb. Elas são na verdade uma entidade única que domina os campos de batalha dos deuses e dos homens.

Nuada: deus da guerra e dos guerreiros.
O rei original dos Tuatha Dé. Durante uma batalha ele perdeu a sua mão e seu direito de governar. Entretanto, Dianchecht e seu filho Miach concederam-no uma mão mágica de prata em seu lugar, dando a Nuada o poder para derrubar do trono o tirano deus Bres.

Oghma: deus da eloquência.
Também conhecido como Cermait, é o deus da poesia e eloquência. Foi o responsável pela criação do ogham, o alfabeto rúnico usado pelos druidas.

Taranis: deus dos trovões.
O senhor dos raios, chuvas e tempestades, grande rei da calamidade e o mais temido entre os deuses naturais. Ele empunha o raio em sua mão e na outra uma roda.

Sucellus: deus da fertilidade.
Ele é o senhor da fertilidade em todos os aspectos. Com seu martelo de cabo longo, ele golpeia a terra para que as plantas despertem, dando início a primavera.