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Ravenloft - Nova Vaasa e Condado de Dnar

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Mensagem por Leishmaniose Dom Jul 05, 2015 10:53 pm

Olá,

Durante o ano de 2011, eu mestrei uma longa campanha no cenário de Ravenloft utilizando o sistema do AD&D - foram quase dois anos de campanha. Para a condução da primeira parte da campanha (a segunda parte se passa em Mordent, conforme visto no tópico Ravenloft - Mordent Vitoriana), eu peguei o domínio de Nova Vaasa e o ampliei, transformando-o em um reino dividido em quatro condados, um para cada família nobre do domínio que não fosse a regente real, e esses por sua vez divididos em baronatos. Devido aos jogadores habitarem na cidade de Liara, sob a gestão da família Hiregaard (ao qual pertencia um dos personagens), o condado que acabei trabalhando, desenvolvendo os baronatos devidamente, foi o Condado de Dnar.

Ambos os materiais encontram-se abaixo, sendo abordado primeiro o domínio de Nova Vassa, com a adaptação devida pra atender à proposta do meu jogo, e em seguida o Condado de Dnar - que apesar de estar completo no meu caderno (um dia escaneio o mapinha), aqui ainda estão faltando alguns baronatos a serem detalhados.

Bonanças.

Atenciosamente,
Leishmaniose
======================

Nova Vaasa

O Território

Nova Vaasa é um reino extenso, um dos cinco maiores do Núcleo, localizado na região sudeste. Suas fronteiras são delimitadas pelo Mar Noturno a leste, pelos reinos de Darkon e Tepest a norte, pelos reinos de Baróvia e Hazlan, além da Greta Sombria, a oeste e por densas brumas a sul. Devido à proximidade com os Montes Balinoks, que atravessam todo o Núcleo, o reino é de formação montanhosa ao norte, oeste e sul. Longe dos Montes, no centro e sul do reino, o território toma a forma de um platô coberto de grama, com alguns afloramentos rochosos ocasionais. O platô termina em ribanceiras perigosas, tornando a costa leste escarpada, com praias rochosas e estreitas.

O reino é atravessado por rios largos, que criam desfiladeiros profundos através do platô até desaguarem no Mar Noturno. Os principais rios são: Dnar e Borchava, ao norte do reino, Ivlis, na região central, e Saniset, na região sul. Nova Vaasa possui densas florestas ao norte, oeste e sul do reino. O platô é predominantemente dominado pelas gramíneas, com algumas esparsas áreas florestais. O solo é predominantemente rochoso, com grandes áreas limpas para a agricultura, principalmente ao longo do leito dos rios e nas áreas rurais próximas às cidades. Devido à abundância de rochas, as delimitações das fazendas e terrenos não são feitas com cercas, mas com muretas de rocha. Algumas muretas mais antigas podem ser encontradas margeando as principais estradas do reino, bem como ruínas de antigas cabanas de rocha, vestígios de uma antiga civilização que teria vivido na região em tempos remotos. Em algumas regiões montanhosas, como o norte e o sul, podem ser encontradas verdadeiras ruínas de antigas cidades.

O reino é conhecido no Núcleo por seus cavalos, sendo as melhores montarias do Núcleo de linhagens nova-vaasana. Muitos cavalos vivem soltos, principalmente nas pastagens que existem no platô coberto de grama. Normalmente, manadas de vinte a cinqüenta cavalos galopam livres pelo platô, havendo lendas e rumores que à noite, em alguns lugares amaldiçoados de Nova Vaasa, esses cavalos sejam substituídos por Pesadelos. No reino também há uma grande abundância de diversas espécies de felinos, principalmente gatos selvagens, havendo uma antiga lenda que tão forte presença dos felinos em Nova Vaasa é devido à antiga civilização que ali existira. Nas regiões montanhosas e florestais, a fauna é mais diversificada, com forte presença de veados, roedores e lobos.

O clima de Nova Vaasa é temperado, com uma forte umidade. O reino possui uma característica marcante de ter temperaturas amenas, mesmo no verão, com o ápice de sua temperatura máxima alcançando os quinze graus. A incidência de chuvas é alta durante todo o ano, exceto no inverno quando a chuva é substituída por tempestades de neve. Os dias costumam ter em média de seis horas de período diurno, com uma noite um pouco mais longa. Durante o verão essa média passa a oito horas, enquanto no inverno cai para quatro horas. O sol possui uma irradiação mais fraca, quando comparada a outros reinos do Núcleo, embora o céu passe boa parte dos dias coberto de nuvens. À noite é possível contemplar cinco luas no céu de Nova Vaasa, cada uma com seu próprio ritmo de fase. As estrelas costumam girar toda noite um grau pra direita, dando um movimento completo após um ano. Para os vaasis as estrelas nada mais são que brilhantes espíritos equinos que percorrem os vastos campos dos céus durante a noite, formando desenhos, as constelações. As maiores e principais constelações seriam manadas cuja formação representa o tipo de eqüino presente naquele grupo, destacando-se a constelação do garanhão, do cavalo castrado, dos cavalos de bronze, bem como as constelações referentes aos cinco animais símbolos das nobres famílias de Nova Vaasa.




Nível Tecnológico

Nova Vaasa tem um nível cultural predominantemente medieval, com traços de cavalheirismo devido à influência sofrida de outros reinos, principalmente na cidade de Egertus. Fortalezas, catedrais e castelos do reino pertencem ao estilo gótico de arquitetura, com vitrais e janelas de vidro. O arco longo domina o campo bélico, bem como as espadas bastardas dos cavaleiros montados protegidos por armaduras e equipamentos pesados, embora seja crescente o uso do mosquete e da esgrima, que beneficia o uso de armas mais leves como florete e sabre. A tecnologia possui seus avanços: máquinas de impressão livram os escribas da tarefa de copiar os livros manualmente, embora fazer os blocos de madeira para impressão ainda seja um processo trabalhoso; Relógios mecânicos podem ser encontrados em diversos tamanhos, embora os menores sejam bastante onerosos; o estudo da ótica e o desenvolvimento do artesanato de soprar vidro quente já possibilitou a existência de óculos, espelhos e vidros dos mais variados tipos; O uso de rodas de fiar torna a produção de roupas mais ágil. O conhecimento da medicina é bem avançado, com escolas de medicina em Egertus e Kantora, autorizadas a dissecarem cadáveres para seus estudos, bem como compreensão suficiente para estabelecer quarentenas em casos de pragas. As principais cidades já registram zelosamente os nascimentos, casamentos e mortes em seus domínios, bem como há por todo o reino um serviço postal limitado.




Sistema de Governo

O sistema de governo de Nova Vaasa é a monarquia. Anterior à monarquia, o sistema de governo era aristocrata, com um revezamento planejado para que uma família nobre permanecesse na regência a cada cinco anos. A última família a receber a regência nesse antigo sistema foi a Bolshnik. Quando chegou a hora da família passar a regência para a família Rivstoff, o patriarca da família, Othmar Bolshnik, deu um golpe de estado instituindo-se rei e tomando diversas providências para permanecer no poder – dentre elas a mais conhecida é a formação de uma guarda de elite real constituída puramente por licantropos. Othmar é o regente atual de Nova Vaasa, estando no poder há vinte anos, sendo um regente arrogante, implacável, determinado a ratificar o predomínio dos Bolshniks entre as famílias nobres e a manter o status quo na sociedade de Nova Vaasa.

O reino é dividido em quatro condados, comandados pelos chefes das quatro famílias aristocratas mais influentes de Nova Vaasa. O rei dá total liberdade a cada família para que governem da forma que desejarem, desde que mantenham a lealdade ao rei e paguem o tributo que lhe é devido anualmente. A família Hiregaard administra o condado de Dnar, no norte do reino; A família Chekiv administra o condado Volgis, no centro-oeste do reino; A família Rivstoff administra o condado Briarweed, no centro-leste do reino; e a família Vistin administra o condado Saniset, no sul do reino. Os quatro condes são responsáveis pela administração e proteção do condado, bem como da realização da cobrança de impostos. Apesar de possuírem liberdade na sua forma de governo, como tais famílias participavam do antigo sistema rotativo, o pagamento do tributo é realizado com uma certa relutância. A regência dos Bolshniks é apoiada pelos Hiregaards e os Chekivs, embora por razões distintas: Os Hiregaards acreditam que se Othmar não tivesse a bênção de Bane, ele teria sido destituído há muito, enquanto os Chekivs utilizaram a ascensão de Othmar para se tornar uma das famílias mais influentes de Nova Vaasa. Rivstoffs e Vistins não estão felizes com a regência e querem a volta do tradicional sistema rotativo, ambos por razões também distintas: Os Rivstoffs desejam a regência que era deles por direito e os Vistins não consideram a regência de Othmar benéfica ao reino devido ao descaso por parte do regente. Mas nenhuma dessas famílias é forte o suficiente para se opor à regência de Othmar e seus asseclas.




Economia e Comércio

Nova Vaasa é uma potência econômica significativa do Núcleo. Por ter acesso a diversas vias de escoamento importantes como o Dnar, o Borchava, o Ivlis e o Saniset, o reino tem expandido bastante o comércio com outras regiões. A maior parte do comércio é realizada com os reinos de Baróvia, Tepest, Hazlan e com as ilhas do Mar Noturno. Além disso, a demanda pelos produtos de Nova Vaasa leva os comerciantes a atravessarem os Montes Balinoks a cada primavera, a partir do oeste do Núcleo. Os artigos de exportação mais famosos do reino são os cavalos, apreciados em todo o mundo por sua força, velocidade, obediência e beleza. Além dos cavalos, o reino também exporta trigo, milho, cevada, aveia, café, batatas, maçãs, peras, ameixas, uvas, linho, galinhas, bacalhau, arenque, cerveja, vinho, sal, mobílias, carruagens e navios. Em contrapartida importa madeira, algodão, avelãs, azeitonas, chá, mel, bovinos, suínos, caprinos, ovinos, ferro, cobre, chumbo, mármore, pólvora, lagostas, talco e álcool. Além dos produtos que exporta, Nova Vaasa também produz milhete, centeio, repolho, couve, beterraba, girassóis, cânhamo, gesso, âmbar, giz, produtos de couro e navios.

O comércio é realizado utilizando moeda própria cunhada pelo reino. A moeda de maior circulação no comércio é a ferradura, a moeda feita de cobre. Pessoas mais abastadas ou em transações maiores se utiliza também a espora, moeda feita de prata, e a rédea, moeda feita de ouro.




Povo

O reino de Nova Vaasa possui uma população com cerca de 70.000 habitantes, sendo aproximadamente 63.700 humanos, 2.000 halflings, 1.500 elfos, 1.000 gnomos e cerca de 1.800 habitantes pertencentes a outras raças inumanas do Núcleo. Embora tenha uma população inumana considerável em relação à grande maioria dos reinos, os inumanos não são bem vistos em Nova Vaasa. Eles são alvos de suspeitas e superstições devido à sua natureza diferente, embora não sejam tratados de forma tão radical quanto em seu reino vizinho, Tepest. Na grande maioria das vezes serão ignorados pelas pessoas, como se não existissem, caso ocorra alguma abordagem ou contato, podem ser tratados de forma rude. Em casos mais drásticos, alguns comerciantes podem recusar-se a comercializar com os inumanos. Com um pouco de esforço e dedicação, é possível que um inumano consiga uma aceitação por parte da comunidade em que vive.

Os halflings de Nova Vaasa possuem os cabelos e olhos da cor castanha escura. Não são considerados uma ameaça devido ao seu tamanho reduzido e a falta de poderes sobrenaturais. A maioria dos Vaasis respeita a coragem e natureza bondosa dos halflings, tratando-os com uma condescendência bem intencionada, alguns até acreditando que sejam inocentes e inofensivos como as crianças a que se assemelham. Devido a conseguirem minimizar a hostilidade em relação aos inumanos, os halflings conseguem formar pequenos grupos que vivem pacificamente nas cidades do reino. Os elfos de Nova Vaasa têm relação mais próxima com a sociedade élfica darkoniana, possuindo muitos dos seus traços fisiológicos: possuem os cabelos escuros e os olhos de cores verdes, violetas ou cinzentos. Os raros elfos com traços da sociedade élfica de Sithicus, com cabelos prateados e olhos de cor de âmbar, estão mais ao sul do reino, no condado de Saniset. Ambas as etnias possuem feições perspicazes, orelhas pontiagudas, corpo esbelto e porte gracioso. Atualmente, devido a incidentes ocorridos em Darkon, tem sido comum a visão de caravanas élficas pelo reino, algumas de natureza cigana e outras migrando em direção a Sithicus. Os gnomos em Nova Vaasa são inumanos esbeltos de pele bronzeada e expressões sagazes, com cabelos claros e grandes olhos azuis e brilhantes. Devido à sua estatura são vistos de forma mais amena pelos habitantes de Nova Vaasa, possuindo a maior população de gnomos após Darkon, com uma comunidade própria com cerca de 150 habitantes. Em Nova Vaasa é tido como um sinal de elegância pela nobreza possuir um bufão gnomo em sua corte, além dos rumores de serem tidos como ótimos espiões na corte devido às suas habilidades inumanas. Os demais membros de outras raças inumanas são encontrados vivendo de forma isolada ou em pequenos núcleos familiares nas comunidades humanas.

O humano típico de Nova Vaasa é austero, de estatura mediana, com quadris largos e membros robustos, frutos das gerações de equitações e criação de cavalos. As características faciais são nítidas, marcadas por queixos quadrados, ossos de face proeminentes e bocas largas de lábios carnudos. Em geral a cor da pele é clara e corada, apesar de ser comum um bronzeado pálido e uma pele lívida. Os olhos quase sempre são verdes escuros ou cinzentos. Os cabelos são lisos e a coloração varia entre o loiro escuro e negro, embora as cores escuras sem as mais comuns. Em outras regiões do reino, devido à proximidade com outros reinos, podem ser encontrados nativos com variações de fisionomia. No condado de Dnar, pela proximidade com o reino de Tepest, é possível se encontrar nativos com estatura mais baixa e pele mais clara, muitas vezes sardenta, olhos claros, geralmente cor azul ou verde, e cabelos arruivados, embora também seja possível encontrar uma coloração que vá do loiro-acaju ao castanho escuro. No condado de Saniset, pela proximidade com a Baróvia, é possível encontrar nativos de ombros e quadris largos, com tom de pele variando entre moreno claro e marrom claro, coloração de cabelo indo do castanho escuro ao preto e cor dos olhos castanhos, do claro ao escuro. No condado de Saniset, por sua vez, devido à proximidade com Hazlan, é possível encontrar nativos com tom de pele variando entre o moreno claro e o bronzeado avermelhado intenso, cabelos castanho escuros ou pretos e olhos castanhos escuros. Cerca de 2.500 humanos são nativos da Baróvia, 1.500 são nativos de Darkon, 1.300 são nativos de Tepest, 900 são nativos da Falkóvnia, 600 são nativos de Hazlan, da etnia rashemana, e há ainda cerca de 1.000 pessoas das outras regiões do Núcleo.

As mulheres de Nova Vaasa costumam manter o cabelo longo, abaixo da cintura, e as jovens prendem suas mechas em longas traças, às vezes, em duas. Os homens, por sua vez, preferem manter o cabelo na altura dos ombros. Os mais velhos costumam cultivar bigodes longos e espessos, algum enrolando suas pontas com goma. Segundo a tradição, um bigode cheio é sinal de maturidade e virilidade. Um jovem vaasi que respeite a tradição passa a cultivar seu bigode após ser reconhecido como adulto por sua família. O reconhecimento surge após ele demonstrar maturidade para ser tido como adulto, geralmente ao tomar conta dos negócios da família, conseguir um emprego que possa sustentá-lo ou ao instituir família própria. Em algumas raras situações, a maturidade é reconhecida após a realização de um feito de renome por parte do jovem.

Os vaasis plebeus vestem-se com roupas simples, com predominância de cores da terra, como verde escuro e marrom. Os homens usam camisas largas e calças de algodão, enquanto as mulheres usam blusas e pantalonas, que permitem que se cavalgue com conforto. As roupas são presas com faixas de tecido no lugar de prendedores ou cintos. Algumas mulheres costumam cobrir a cabeça com lenços. Uma boa parte dos plebeus anda descalça, mas alguns, geralmente os que possuem condições, usam botas e chapéu de palha. A moda da nobreza de Nova Vaasa, por sua vez, é composta por indumentárias elaboradas e mais coloridas. Os homens tendem a usar calças largas, folgadas, enfiadas em botas pretas de montaria, junto com camisas com gola e mangas bordadas com renda, além de coletes ou casacos ornamentados. A maioria dos homens usa lenços com os brasões da família no pescoço e os chapéus, geralmente importados do oeste do Núcleo, são bem populares entre os mais velhos. As mulheres usam saias de montaria feitas de veludo, blusas finas de algodão com detalhes em renda e botas de montaria. Elas se envolvem em cachecóis transparentes e enfeitados. As cores predominantes são vermelho, azul e violeta, bem como estampas listradas. As jóias se limitam a braceletes grossos e brincos.




Idiomas

O idioma oficial de Nova Vaasa é o vaasi, conhecido por suas vogais harmoniosas. Devido à influência do reino, o vaasi tornou-se bastante difundido no sudeste do Núcleo. Recentemente, entre alguns artistas do reino têm sido adotado um jargão de Kartakass que mistura o vaasi com o dialeto sithico dos elfos, sendo considerado extremamente poético e favorecido pelos menestréis. Devido ao comércio, em algumas regiões é possível encontrar o uso do idioma Balok, o idioma do reino da Baróvia, bem como o Darkonês, o idioma do reino de Darkon. O balok é marcado por consoantes velares e vogais fechadas e não é muito agradável de se ouvir, mas é bastante utilizado no sudoeste do Núcleo pelos mercadores e taverneiros. O darkonês é um idioma complexo e altamente estruturado, sendo bastante utilizado pelos inumanos e pelos acadêmicos, os primeiros por muitos serem nativos do reino de darkon, os segundos pelas definições precisas do idioma. Alguns raros nobres e estudiosos também dominam o Mordentiano, o idioma flexível encontrado no noroeste do Núcleo que é tido como a linguagem da literatura.




Religião

A religião oficial de Nova Vaasa é a religião de Bane, o Lorde Negro, também conhecido como Legislador. A igreja de Bane é bastante influente no sudoeste do Núcleo, sendo também religião oficial no reino de Hazlan, apesar das leves diferenças nas tradições religiosas dos dois reinos. A igreja de Bane foi denominada a religião oficial do reino por Othmar Bolshnik, por garantir e justificar o seu “direito” à realeza, pois a igreja prega a inefabilidade do destino. A providência divina está por trás de todos os acontecimentos e realizações, não acontecendo nada que não tenha a bênção e consentimento do deus. Seus devotos devem respeitar e aceitar os desígnios divinos de Bane, obedecendo aos planos traçados pelo deus. Portanto, pela crença de Bane, quem nasceu nobre e poderoso merece governar, enquanto os nascidos em condições menos favoráveis merecem apenas o que conseguirem através do serviço leal aos seus mestres. Em Nova Vaasa os clérigos de Bane procuram reforçar as estratificações rígidas da cultura vaasi em todos os seus domínios. Os sacerdotes originários de classes sociais diferentes não se misturam e a igreja proíbe o matrimônio entre raças distintas. Todos os ritos devem ser proferidos em vaasi e quaisquer textos sagrados devem utilizar essa escrita. Além da aceitação e obediência aos desígnios divinos, os seus devotos devem pagar um dízimo de duas esporas por ano. Durante da Grande Conjunção, os poucos sacerdotes com poderes divinos perderam sua capacidade de lançar magia. Embora esse fato seja ignorado pela maioria dos sacerdotes, que alegam que foi apenas um teste do deus visto que os poderes retornaram após a Grande Conjunção, um grupo declarado como herege pela igreja tem afirmado que a divindade morreu durante o cataclismo e que atualmente os clérigos veneram um monte de símbolos sem sentido. E embora a igreja tente eliminar essas pessoas sem misericórdia, a igreja tem perdido cada vez mais poder no reino. Em meio a esse conflito, uma nova vertente da tradição tem surgido, principalmente no condado de Briarweed, de que se qualquer acontecimento ocorrido faz parte da providência divina, então até mesmo a ascensão hierárquica através de feitos ou mudanças e lutas sociais que tenham sucesso, têm a aprovação de Bane e não pode ser recriminada pelos seus devotos, principalmente pela igreja tradicional.
Símbolo: Uma mão negra sobre um escudo vermelho.

A Igreja de Ezra surgiu no norte e no oeste do Núcleo. De acordo com a maior parte das tradições religiosas da igreja, Ezra foi uma mulher mortal virtuosa que, desesperada com as maldades que assolavam os reinos, ofereceu sua mortalidade para todo o sempre às Brumas, a fim de se tornar uma guardiã eterna da humanidade. Apesar da pouca força em Nova Vaasa, é possível encontrar alguns templos principalmente na região próxima aos Montes Balinoks, bem como alguns anacoretas, clérigos de Erza, realizando ações e cultos isolados em comunidades do reino. A tradição de Ezra adotada no reino é vinculada à grande catedral de Levkarest, no reino de Borca, com uma leve influência da tradição do templo de Mordentshire. Portanto, em Nova Vaasa, os anacoretas têm como missão proteger e curar seus fiéis, mantendo-os protegidos das forças do mal, bem como realizar pregações para conseguir salvar mais almas. Refletindo tal dogma, espera-se dos devotos que protejam os outros contra a injúria, ajudando pessoas em perigo, a despeito de qualquer risco pessoal envolvido. É cobrado um dízimo de dez ferraduras por ano, bem como uma conduta de lealdade – um dos ditados mais comuns na igreja de Ezra é “Hoje eu cuido de você, amanhã você cuidará de mim”. Durante os ritos, realizados a cada cinco dias, os membros da igreja devem usar roupas brancas. Embora não haja a obrigação de se identificar, alguns devotos usam pequenos emblemas na forma de ramos de beladona ou pequenas réplicas do escudo e da espada de Erza.
Símbolo: Uma espada longa de prata, sobreposta a um escudo de corpo de alabastro e adornada com um ramo de beladona.




Calendário

O ano em Nova Vaasa é calculado utilizando-se um calendário lunar, possuindo 360 dias distribuídos entre quatro períodos. O início do ano ocorre no início do verão, quando as cinco luas de Nova Vaasa se encontram cheias, na chamada “Noite da Verdade Brilhante”. O verão é marcado por dias longos e chuvosos, sendo nesse período que ocorrem as principais feiras de cavalo e festivais com justas e torneios. O mais importante deles é o Festival da Cavalaria em Kantora, capital do reino, onde, além dos atrativos tradicionais, são nomeados todos os novos portadores de títulos de Nova Vaasa. Durante o outono os campos de gramíneas ficam de cor alaranjada, anunciando a chegada do inverno. As florestas tomam um tom mais avermelhado, com o solo coberto por um extenso tapete formado pelas folhas avermelhadas. Nos campos agrícolas, é nesse período que ocorrem boa parte das colheitas, havendo festivais na maioria das cidades e vilarejos. O meio do ano é marcado pela chamada “Noite das Ações Sombrias”, quando as cinco luas de Nova Vaasa entram em fase nova. Essa noite possui um longo histórico de assassinatos, furtos, mentiras e trapaças ao longo da história de Nova Vaasa, sendo também utilizada para a realização do festival em homenagem e respeito aos mortos. O inverno é marcado por noites longas e tempestades de neve, com temperaturas abaixo de zero, mesmo durante o dia. A primavera ocorre no final do degelo da neve, quando os campos de gramíneas são cobertos por pequenas flores selvagens. É comum a grande presença de borboletas durante o dia e vaga-lumes à noite. Nesse período ocorrem festivais de início de plantio, bem como, por uma antiga tradição nova-vaasana, é na primavera que ocorrem também muitos dos ritos de matrimônio do reino.




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Mensagem por Leishmaniose Dom Jul 05, 2015 10:57 pm

Condado de Dnar

O condado de Dnar localiza-se no norte do reino de Nova Vaasa, tendo o Mar Noturno como fronteira ao leste, o reino de Darkon como fronteira ao norte, o reino de Tepest e a Grêta Sombria como fronteiras ao oeste e os rios Borchava-Mirim e Dnar-sul como fronteira ao sul. O terreno do condado é mais montanhoso que o do restante do reino devido à forte presença dos Montes Balinoks no norte do condado, havendo um grande predomínio de colinas, havendo a presença do platô apenas no sul do condado. Uma boa parte da terra é utilizada pra cultivo, embora algumas regiões ainda mantenham sua natureza selvagem intacta, com a presença de florestas e até um pântano. O rio Dnar, que dá nome ao condado, corta o condado em dois, vindo do reino de Darkon e juntando-se às águas do Borchava-Mirim, formando o Dnar-sul, que segue para o leste, desaguando no Mar Noturno. Além do Dnar, a parte oeste do condado é cortada pelo rio Vaughn-Dnar, que nasce em Tepest, sendo alimentado por um afluente vindo de Darkon, até desaguar no Borchava-Mirim.

O condado é administrado pela família Hiregaard, uma das cinco famílias de alta nobreza do reino de Nova Vaasa. Está dividido em dez baronatos, administrados por famílias nobres vassalas dos Hiregaards, e na região de Dur, onde se encontra Liara, a cidade-capital do condado. A administração dos Hiregaards é tida como justa por muitos, havendo uma boa manutenção das condições do condado e da segurança. Eles concedem uma liberdade parcial para cada administração dos baronatos, mas cobram requisitos mínimos a serem atendidos para a manutenção dessa liberdade. Além disso, fiscalizam para que não haja abusos administrativos por parte de algum governante. A coleta de impostos é realizada uma vez por ano, faltando pouco mais de um mês para a “Noite das Ações Sombrias”, dia que marca o final do outono e o início do inverno. A coleta é realizada pelo próprio conde, Lorde Hiregaard, que viaja com uma comitiva visitando as principais cidades de cada baronato. Durante a viagem permanece alguns dias em cada capital para resolver pendências judiciais e administrativas que necessitariam de uma viagem até Liara. É durante esse período que o conde fortalece os vínculos e juramentos de lealdade dos líderes de cada família nobre menor.




Dur
Família Regente: Hiregaard.
Principal Cidade: Liara.


Dur é composta por Liara, a cidade-capital, e pelas fazendas em seus arredores, embora não seja um baronato por ser tida como pequena demais para compor um. Antigamente a região fazia parte do baronato de Faerhaaven, mas após a divisão do baronato a região da cidade-capital e dos seus arredores passou a ser conhecida apenas como Dur.

Dur é cortada pelo rio Vaughn-Dnar que é utilizado pelos barcos para navegação, sendo de importância vital para a economia da região. No oeste da região, com a fronteira de Tepest, se localiza a floresta de Meest, que segue até o baronato de Faerhaaven. No norte estão os Montes Balinoks, atuando como fronteira com o reino de Darkon.

A região é administrada diretamente pela família Hiregaard, que recebe apoio e suporte na administração principalmente das famílias menores Doyle e Pointer, detentoras das maiores fazendas dos arredores de Liara, bem como uma das poucas que produzem cereal pra exportação.

Liara subsiste basicamente do comércio e taxas portuárias pagas pelos barcos e navios que passam pela cidade. As demais regiões de Dur são compostas por fazendas, embora a maioria produza apenas para comércio com a cidade mesmo, havendo pouca produção para exportação – geralmente fazendas de alguma família nobre menor. Ao norte da cidade há ainda um mosteiro de Bane, onde os septões de origem mais modesta costumam realizar as atividades do clero para a ordem presente na cidade. É no mosteiro que são realizados os cultos para os cidadãos do campo, de classe média baixa e de classe baixa. Geralmente moradores da parte nova da cidade, ao norte do rio. O monastério é conhecido pelo seu vinho, bem como atua como hospital e abrigo para necessitados. Possui um cultivo de verduras e frutas para consumo próprio.

Liara
População: 8.000 habitantes.


A cidade de Liara é a maior cidade do Condado de Dnar, sendo entrecortada pelo rio Vaughn-Dnar, com uma ponte unindo as duas extremidades da cidade. Está dividida em oito distritos:

Distrito Administrativo
No distrito Administrativo encontra-se a residência dos Hiregaards, bem como há lugar para moradia dos responsáveis pela administração da cidade e das famílias nobres mais próximas do conde. Está localizada no topo de um monte, com muros altos e torres circundando o distrito. Um único portão gradeado permite a saída e entrada do distrito, sendo a passagem de pessoas monitorada e registrada pela guarda pessoal do conde.

Distrito Nobre
No distrito Nobre encontram-se as residências das famílias nobres e de classe média alta do Condado que residem na cidade. Está localizada na encosta do monte do distrito administrativo, sendo um terreno levemente inclinado que liga o distrito administrativo ao distrito mercante. As ruas são calçadas com paralelepípedos e há postes com candeeiros que são acesos com o cair da noite. Devido à altura, as ruas são bastante enevoadas, embora haja patrulha constante dos milicianos na região. O bairro é circundado por muralhas e possui três portões: o portão administrativo, que leva ao distrito administrativo, cuja passagem só ocorre com autorização; o portão mercante, que leva ao distrito mercante e se encontra aberto durante o dia, mas há sentinelas à noite; e o portão nobre, que nunca é aberto, que leva para fora da cidade, ainda na colina.

Distrito Mercante
No distrito Mercante encontram-se os estabelecimentos comerciais da cidade, com cada rua possuindo suas especialidades comerciais e com mercados livres nas praças. É também nesse bairro que se encontram as sedes das guildas mercantes, responsável pelas atividades comerciais da cidade e do pagamento dos impostos e taxas à administração de Liara. Os órgãos administrativos que possuem acesso popular, como quartel da milícia, tribunal e sede dos coletores de impostos, também ficam nesse distrito. A taverna mais conhecida desse distrito é a Dublin, administrado por um aventureiro aposentado conhecido como Bigode. O sul do distrito e o leste é murado, havendo dois portões: o portão mercante, que leva ao distrito Nobre, que fica aberto durante o dia, mas tem sentinelas à noite; o portão sul, que leva para fora da cidade, para a estrada que segue para o leste. Ao norte do distrito está o distrito Portuário e a oeste está o Distrito Residencial.

Distrito Residencial
No distrito Residencial encontram-se as residências de pessoas de classe média e algumas de classe média alta e baixa. O templo de Bane na cidade encontra-se no norte desse bairro, próximo à ponte, sendo um dos maiores edifícios de Liara, com uma arquitetura gótica. Ao sul do distrito está o templo de Ezra, embora mais humilde que o de Bane, é um templo de tamanho considerável, sendo utilizado também como hospital pela maioria das pessoas. As praças e parques do distrito Residencial são os locais onde ocorrem as festividades e festas da cidade. O distrito é murado ao sul e oeste, possuindo um portão a sudoeste, o portão Plebeu, que leva para fora da cidade, para uma estrada que leve ao baronato de Faerhaaven. Ao norte do bairro está o distrito portuário e a ponte.

Distrito Portuário
No distrito Portuário encontram-se os armazéns e fábricas da cidade, bem como onde os navios são aportados para carregamento e descarregamento de produtos comerciais, além de descanso e diversão dos marinheiros. É um lugar bastante sujo e movimentado, caracterizado pelo forte odor de peixe. Possui alguns estabelecimentos comerciais, embora de caráter duvidoso, como prostíbulos e casas de jogos. A taverna mais conhecida do distrito é a Olho de Peixe, que atua também como prostíbulo e é administrada por uma musculosa senhora de nome Bartilda. O distrito não é murado, apesar de possuir construções na margem do rio para aportar os navios e facilitar o embarque e desembarque de mercadorias. Ao sul do distrito encontra-se o distrito Mercante e a sudoeste o distrito Residencial.

Distrito Norte
O distrito Norte também é conhecido como Brindje, devido a ter surgido como uma extensão das atividades realizadas na ponte de mesmo nome, que liga o norte ao sul da cidade. Por essa mesma razão, é considerado parte nova da cidade, por não estar em sua estruturação original. É habitado por pessoas de classe média baixa e classe baixa, bem como forasteiros e inumanos. Ao contrário da parte sul de Liara cujos distritos são organizados de acordo com as atividades ou pessoas nele presentes, o distrito Norte é de uma imensa variação cultural, pois estabelecimentos comerciais dividem espaço com residências, feiras populares e até algumas fábricas menores. A única região unicamente comercial é a da ponte. O distrito é murado a norte e oeste, possuindo um portão, o portão Norte, que leva a estrada para Darkon e Tepest. A muralha é de construção recente, de alguns anos atrás, para impedir que invasores utilizassem a região para conseguir vantagem estratégica sobre a cidade. Ao leste do distrito Norte está o distrito Vermelho e ao sul o rio Vaughn-Dnar.

Distrito Vermelho
O distrito Vermelho é habitado por pessoas de classe baixa ou que não possuem nenhum tipo de renda. É um distrito desorganizado, com as ruas alargando e apertando e as casas construídas umas sobre as outras, com diferentes tipos de materiais. As ruas são verdadeiros labirintos, além de terem bastante lixo e animais nocivos, como ratos e insetos. Tido como perigoso, as patrulhas milicianas só entram no local para realizar algum ato específico. É um bairro dominado por pequenas guildas de ladrões que costumam guerrear entre si pelo controle de alguns dos lugares do distrito. Serviços ilegais, bem como produtos ilegais podem ser encontrados nessa área da cidade.

Décimo Primeiro Baronato
O décimo primeiro baronato é um distrito subterrâneo localizado nas cavernas naturais e ruínas antigas que estão sob essa área da cidade. O distrito é um antro de serviços e produtos ilegais, como arenas de lutas de rua, mercado de escravos, prostíbulos, lojas que vendem itens roubados, lojas que vendem itens de magia negra, drogas e outros produtos de origem e natureza duvidosas, bem como contratação de ladrões e assassinos. As ruas são iluminadas fortemente por archotes e fogueiras específicas, apesar da grande umidade no lugar. Possui três entradas, chamadas de alçapões por se localizarem num fosso por onde desce um elevador de manivela: o primeiro alçapão fica no distrito Vermelho; o segundo alçapão fica no distrito Norte; o terceiro alçapão, embora o menos usado, fica no distrito Portuário. É administrado pela guilda conhecida como M, que administra de forma “justa” o submundo de Liara e tenta ampliar seus domínios para outras áreas da cidade.




Faerhaaven
Família Regente: Collins.
Principal Cidade: Vintiver.


O baronato possui esse nome por ser a região onde se localiza o castelo de repouso da família do conde, o castelo Faerhaaven. Até alguns anos atrás, a família Hiregaard administrava o baronato, ao qual pertencia também a região de Dur. Com o surgimento da Greta Sombria, a situação no sul do baronato necessitou de mais atenção e uma administração localizada. Pelo auxílio prestado na administração de Liara e pela proximidade de laços com o sul do baronato, o conde separou a região de Dur e concedeu a administração do baronato para a família Collins.

O oeste do baronato é dominado pela floresta Meest. No leste pode ser encontrado o monte Faer, onde se encontra em seu topo o castelo Faerhaaven, onde a família Hiregaard costuma repousar e, atualmente, sob administração do irmão mais novo do conde, Sean Hiregaard. No vale do Monte Faer, próximo ao Borchava-Mirim, encontra-se a cidade de Vintiver, originada de um antigo forte militar.

Recentemente a família Collins foi alvo de um atentado misterioso, onde esqueletos controlados magicamente atearam fogo na mansão da família em Liara, bem como atacaram todos os membros da família. Graças à intervenção do sobrinho do conde e do seu grupo de amigos aventureiros foram salvos os membros mais novos da família: Caitlyn Collins, de 16 anos; Catelyn Collins, de 12 anos; e Charles Collins, de 8 anos. Devido a estarem ainda sob ameaça, os três estão vivendo na mansão Hiregaard em Liara, sob guarda e proteção do conde. A administração do baronato está temporariamente nas mãos de um conselho em Liara, dentre os quais estão o conde, seu irmão mais novo, um membro da família Brandy e o burgomestre de Vintiver. Há boatos sobre uma possível pretensão do conde de unir o seu sobrinho e a filha mais velha dos Collins em um matrimônio, passando a administração do baronato para o mesmo.

Vintiver, a capital do baronato, é conhecida pelo seu vinho e sua cerveja escura. A região produz bastante uvas para vinho, bem como tem uma produção de cevada e outros cereais para exportação – embora a navegação pelo Borchava-Mirim seja evitada, sendo toda a produção conduzida até Liara e de lá despachada pelo Vaughn-Dnar. A cidade possui um pequeno templo de Ezra sob liderança de uma anacoreta capaz de utilizar magias divinas. Graças a atuação dos anacoretas na região, a crença em Ezra é bastante forte, contrapondo-se ao domínio religioso de Bane.

Nos últimos tempos, criaturas misteriosas têm surgido na floresta Meest, supostamente vindas da Greta Sombria ou das brumas, que passaram a tornar-se mais densa na região da floresta – o que tem levantado discussões religiosas, como se as criaturas fossem um castigo de Bane aos habitantes de Faerhaaven que têm voltado sua fé para Ezra. No último caso, o burgomestre solicitou apoio do conde, visto que famílias estavam sendo assassinadas na região. O grupo de aventureiros do qual faz parte o sobrinho do conde, Dean Hiregaard, auxiliou a combater e eliminar a criatura responsável pelos ataques.




Daaree
Família Regente: Lir.
Principal Cidade: Doubleenee.


Durante muitos anos o baronato Daaree foi rejeitado e recusado quando ofertado a alguma família nobre, visto que seus campos pantanosos não permitem o cultivo agrícola tradicional, nem a criação adequada de cavalos, sem mencionar os predadores existentes nas águas pantanosas da região. Passou pela mão de muitas famílias nobres que após alguns anos desistiam do título de terras e permaneciam apenas com o título de nobreza que era inerente à sua família. Até que um dia uma camponesa ganhando um favor do regente da época, avô do atual conde, pediu a posse das terras pantanosas. Curioso com a postura da camponesa e ela tendo direito a um presente do conde, a família dela, Lir, recebeu o título de nobreza e a agora baronesa recebeu a administração do novo baronato, ao qual ela chamou de Daaree. Diz a lenda que Daaree era um espírito feminino que vivia em um carvalho em alguma área dos pântanos, que costumava auxiliar ou atacar os viajantes de acordo com seu humor e a postura dos mesmos.

O centro e sul do baronato é completamente dominado pelo Curragh, o grande pântano de Dnar, cujas águas costumam elevar-se acima da terra nos períodos chuvosos. A parte norte do baronato é composta por lagos e brejos, além de turroughs, como são chamados os lagos temporários que só surgem nos períodos chuvosos. A noroeste do baronato está o grupo de montes e montanhas conhecidos como Koshka Bluffs, cuja outra parte adentra no baronato Glass e no Rackrent. A capital Doubleenee encontra-se no centro geográfico do baronato, já na região pantanosa, tendo grande parte de seus edifícios construídos em árvores e plataformas suspensas.

A administração é realizada pela família Lir, estando na segunda geração. Devido às dificuldades inerentes do lugar, não há uma grande diferenciação entre o tratamento de nobres e plebeus. Os cidadãos são simplórios, algumas vezes rudes, mesmo que sem intenção e o povo dessa região é conhecido como forte e trabalhador. A família Lir conseguiu unir os habitantes da região, organizando o baronato.

Na região do Curragh é realizada pesca e caça, além da criação de crustáceos como camarão, lagosta e caranguejo em viveiros. Na parte norte, região dos lagos e turroughs, há campos de plantação de frutas, principalmente maçãs, peras e beterrabas. Desde que a família Lir começou a administrar o baronato, ele mostrou-se produtivo, sempre havendo excesso de produção. Além da produção, o baronato também é conhecido por servir de recanto de descanso de alguns nobres que tenham gostos mais exóticos, que ajudam a movimentar a economia do lugar.

Devido à atuação da família Lir, medidas foram tomadas, minimizando ataques de criaturas dos pântanos aos moradores. Ainda assim não é incomum que haja desaparecimentos, principalmente de pessoas que estejam de passagem pelo baronato. São relatados cerca de cinco desaparecimentos por ano. Há um boato de que seria atuação de Daaree, pois o espírito cobraria pra si algumas pessoas em troca da prosperidade do baronato. Já alguns acreditam que trata-se da atuação de Moore, uma criatura que, contam os pescadores, vive nas águas do pântano: um monstro cujo corpo é todo formado por plantas e que teria um certo controle dos animais e plantas da região.




Glass
Família Regente: Farmleigh.
Principal Cidade: Geenees.


Um dos baronatos mais antigos do condado de Dnar, estando sob administração da família Farmleigh desde que o condado foi fundado em tempos imemoriais. Tida como a família mais leal dentre as famílias vassalas, a história conta que a família Farmleigh sempre foi bastante forte e influente na região norte do reino, tanto quanto a família do conde – ou mais, dependendo da malícia de quem conta a história. E que na época da criação do condado, por lealdade ao amigo patriarca dos Hiregaards, o patriarca Farmleigh abdicou dos seus direitos de concorrer ao título de conde – dependendo de quem conta, diz-se até que o patriarca Farmleigh o fez exigindo que os Hiregaards fossem os regentes do condado. Devido a tal ato, a família recebeu como baronato as melhores terras do condado, cuja parte pertencia anteriormente aos Hiregaards.

O baronato é totalmente voltado para a agricultura, possuindo a maior produção de cereais do condado. Toda a região é composta por fazendas até se perder de vista, tendo como pontos naturais apenas algumas poucas áreas florestais, as montanhas ao norte do condado, a Koshka Bluffs na fronteira com os baronatos Daaree e Rackrent, além do rio Vaughn-Dnar, que encontra-se com um afluente vindo das montanhas de Darkon. No encontro entre o rio e o afluente foi construída a cidade-capital do baronato, de nome Geenees. A leste do baronato está o castelo da família Farmleigh, o castelo Glass.

A administração dos Farmleighs é justa, eles contribuem e auxiliam as famílias de fazendeiros e cobram uma parte da produção como imposto, mantendo o baronato seguro e bem estruturado. As estradas do baronato são tidas como as melhores, de pedra maciça, bem como muretas de pedra cobertas por plantas trepadeiras ao longo das estradas.

A economia do baronato é puramente agrícola, baseada principalmente na produção de trigo, milho, cevada, aveia, café, milhete e centeio. Além do comércio da produção agrícola, o baronato costuma exportar sua produção de cerveja, que é renomada por todo o reino, além do comércio oferecido pelo porto de Geenees.

Apesar da segurança no baronato, muitos evitam se aventurar nas estradas durante a noite. Muitas são as histórias contadas nas tavernas sobre viajantes desinformados que acabaram encontrando-se com cavaleiros fantasmas, duendes, ciganos e até mesmo cavalos negros que tinham fogo nos olhos e cuspiam chamas. A maioria das histórias fala de perseguições até o sol amanhecer, quando os monstros desapareciam por causa da luz do sol, mas nem todas têm finais felizes.




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